Quando te vi pela primeira vez
Senti a tua força, o teu poder
E, no teu olhar, a tua altivez
De quem galopa por prazer
Corrias sem destino e sem parar,
Nos campos sem fim,
Foi ali que te fui encontrar
E te chegaste perto de mim.
Espero que para sempre
Me acompanhes e me faças sonhar.
Mafalda Silva
As palavras são como borboletas,
Algumas são coloridas e outras são negras,
Mas todas voam,
As palavras são como a chuva,
Caem às gotas,
E repousam nos oceanos,
Num mar sem fim,
As palavras inspiram poetas,
Que as usam como armas secretas,
As palavras são um mundo a descobrir,
E nunca irão partir,
As palavras soadas por nós,
São escritas pela nossa voz,
As palavras são como o céu nocturno,
São um conjunto de estrelas,
Todas belas,
Gritos de dor,
Aplausos de alegria,
As palavras são como o amor,
Umas trazem sentimento outras calor,
As palavras são como uma melodia,
Sonoras de noite e de dia,
Vibram...
No silêncio apagam com magia,
As palavras têm vida,
E são como são: ditas pelo coração.
A turma – poema conjunto
Perdi-me!
Em ti me procuro
Minha donzela prisioneira da liberdade.
Sempre estivemos tão perto
Mas agora estamos tão longe.
Sinto a tua falta
Sinto falta do teu calor e da tua louca paixão
Fazes-me gritar em silêncio de saudade.
Quero-te aqui! Volta!
Volta com o mar
O nosso eterno amigo.
Volta nas suas cruéis águas
Minha bela donzela.
Mas nunca te esqueças de uma coisa
És de todas a mais bela.
Afonso Sousa
Meninos e meninas...
Parece que o sapo nos preparou uma surpresa agradável
Estamos em destaque, como podem ver:
Já era noite... eu e os meus primos estávamos hilariantes, excitados, aguardando ansiosamente pelas doze badaladas do sino da nossa igreja. Tivemos ao jantar um fabuloso bacalhau e um peru recheado com frutos secos e de seguida fomos jogar ténis de mesa, computador e consola, para o tempo correr mais depressa. Neste Natal o meu avô teve uma infeliz ideia de dizer que eu e o meu primo de dezassete anos éramos os últimos a abrir as prendas, pois fomos aqueles que se sentaram à mesa em último lugar. Tivemos de passar pela angústia de ver os restantes elementos da família a abrirem os seus presentes e nós, simplesmente a observarmos. Quando alguém disse: - “É a tua vez João” - eu fui disparado para o lado da árvore de Natal todo risonho.
Adorei este Natal não só pelos presentes que recebi, mas também, pelo sentimento que o Natal me transmite e por ser das poucas ocasiões em que toda a minha família se junta.
João Canito
(...)Lúcia diz: "Esse sapato é meu!"
De súbito, houve um grande silêncio na sala. Só se ouvia o lago estremecendo com o reflexo da lua e o chilrear dos pássaros.
Passados uns segundos ouviu-se:
-Como é que alguém consegue trazer um sapato daqueles para este baile?
-Realmente, que falta de estilo e elegância!
Mas, de repente, apareceu um rapaz que contrariou todas as palavras ditas anteriormente. O rapaz tinha cerca de 20 anos e tinha cabelos castanhos, olhos azuis e era alto e bonito. Disse:
-Como, pergunto eu!!! Como é que podem ser tão insensíveis perante uma situação destas? Eu queria ver se fosse algum de vós que comentou; vocês calavam-se e fingiam que o sapato não tinha nada a ver convosco. Em vez de a criticarem deviam admirá-la pela sinceridade e pela coragem de admitir que é o seu sapato!
Todos ficaram espantados pois ninguém o conhecia.
Lúcia dirigiu-se para meio da sala, calçou-se e agradeceu ao homem as palavras de defesa.
Passaram-se quarenta anos. Lúcia tinha naquele momento 54 anos e sentia-se no auge da idade. Ainda não tinha encontrado o homem da sua vida e ocupava os seus dias com o trabalho. Até que foi convidada para um baile, que se iria realizar na primeira noite de Junho. Ela lembrou-se do antigo baile e ia rejeitar o convite, mas como era muito curiosa e queria saber a
reacção das pessoas ao reencontrarem-na, aceitou.
Foi ao baile sozinha. Com o mesmo modelo de vestido de há quarenta anos e, como o seu pé não tinha crescido, com os mesmos sapatos.
Quando lá chegou, as pessoas olharam para ela e reconheceram-na; embora naquele momento, com um aspecto mais abatido pela idade. Também nessa festa se encontrava o homem que a tinha defendido, neste momento com 67 anos; mas neste baile com um objectivo bem diferente.
No meio da noite, a música parou. As pessoas afastaram-se da pista de dança, e o homem deslocou-se para o centro da sala. Chamou Lúcia e disse:
-Lúcia, apaixonei-me por ti há quarenta anos e essa paixão está mais
forte do que nunca. Eu sei que não me conheces, mas podíamos ficar juntos
esta noite para nos podermos aproximar e conhecer melhor.
Lúcia anuiu e apaixonou-se durante a noite.
No fim do baile, o homem pediu-a em casamento e ela, toda contente, aceitou sem pensar duas vezes. As pessoas que assistiram puderam comprovar que o amor não escolhe idades e pode durar para sempre!!
Filipa Cameirinha
Tenho uma sensação
Bonita e bondosa
Quando bate o coração
Sinto uma dor saborosa,
Se ele deixa de bater
Ai de mim
Lá vou eu morrer…
Estou perto do fim…
Sónia Nunes
Olá a todos!!!
Sei que já estão de férias e que por isso têm muito mais tempo livre para fazerem o que gostam. J
Aproveito para relembrar que o meu principal objectivo ao criar este espaço foi o de motivar para a escrita, para a escrita criativa, feita com prazer…exactamente para encontrarem o prazer de escrever!!!
Consegui perceber que todos precisam de incentivo e de reconhecimento e foi esse o trabalho que desenvolvi ao longo do ano lectivo.
Já sabem que este blog deixará de ficar sob a minha responsabilidade, uma vez que já combinámos o grupo e o modo como se irá dar continuidade a este projecto. A partir do próximo ano, e assim que eu verificar que estão preparados, serão vocês os autores da página! Enquanto isso, estou à espera dos textos que ficaram de me enviar, para poder continuar a actualizar este espaço que tem vindo sempre a melhorar!!
Fico à espera…
Gostava que todos lessem o comentário da Filipa e por isso deixei-o aqui publicado, uma vez que se torna mais visível a todos!
Boas Férias, com muita inspiração…
Da vossa professora,
Margarida Lachica
De Filipa a 23 de Junho de 2006 às 13:19
“Olá stora ! Chegaram as férias... INFELIZMENTE!!!!! Sim, infelizmente, porque todos os meus amigos moraram a quilómetros de distância e nas férias não tenho nd para fazer. Hoje é a derradeira despedida, o que vale é que a maior parte deles tem net e podemos falar por msn , mas a Ana não tem e é a que eu mais queria que tivesse... Bom, esta tarde vai ser o máximo, pelo menos eu e a Ana vamos estar muito entretidas... Quer dizer, eu, a Ana e toda a gente. Vai ser muito fixe, mas a hora que eu vou gostar menos é ás 18:30. Ainda não sei se vou ao arraial, tenho que falar 1.º com a Ana. Acho que vou passar. Boas férias para todos!!! Bjx “
Se eu fosse…
Se eu fosse uma flor,
Todos os dias olhava,
O mundo em meu redor,
Pois todo ele me fascinava.
As minhas pétalas,
Leves como a brisa,
Com o vento, tão belas,
Com folhas, tão lisas !!
Marta
Adeus não significa final,
Mas sim até já.
Dizer adeus não tem mal
Mesmo quando alguém mente.
Dizer adeus é normal
Mas para outras pessoas,
É uma palavra muito especial
Que não traz coisas boas!
Bruno Ribeiro, nº5
A estrela do céu
Sem luz nem cor;
Tira o brilho do sol
Que é a fonte de amor.
Estrela brilhante
De tanto se rir
Da fonte de amor
Do sol a sorrir.
Sónia Nunes
O meu coração…
O meu coração,
É um jardim,
Com palavras bonitas,
De plena emoção.
Repleto de amor,
Saudade e respeito,
No meio de tanto calor,
Com ele me deito.
Tanto sentimento,
Tanta bondade,
O meu coração vai batendo,
Chorando com ansiedade.
Ser poeta …
Sentimentos e emoções,
Enquanto dentro de corações,
Realçam alegria.
Poeta é aquele que no seu,
Olhar se vê a tristeza,
E quando tu olhas no meu,
Tu vês alegria de certeza,
Amigo é aquele que vê…
Há uma história por contar em cada esquina, e nós vamos contá-la…
Há muitos, muitos anos havia um homem que gostava de olhar as estrelas da doce noite. Esse homem que observava chamava-se Caboca, tinha aspecto saudável e vigoroso, tinha 21 anos, mas era órfão.
Certa noite, enquanto as observava, reparou numa bela estrela, ela era maravilhosa e fascinante, a mais linda no luar.
Caboca ao observá-la com os seus olhos azuis, sentiu uma atracção por ela e vislumbrou-a durante o resto da noite. Ela respondeu-lhe com um sorriso, parecia ser um sonho, visto aquilo não ser possível. Conversaram a noite inteira.
A bela estrela chamava-se Íris e era mágica, mas tinha um sonho: tornar-se mulher, e havia apenas uma maneira desse desejo se concretizar. Essa única hipótese era que um homem generoso se apaixonasse por ela, e aí o Rei das estrelas poderia transformá-la numa linda mulher. E foi isso que aconteceu, pois Caboca apaixonou-se por ela cada vez mais e ela por ele, já viviam num romance profundo.
Certo dia, Caboca disse que a queria tocar, abraçá-la e beijá-la e ela também o queria. De repente, apareceu Estrelotus, o Rei das estrelas que, através de magia, transformou Íris numa bela mulher morena, de olhos verdes.. Caboca ficou deslumbrado com a beleza de Íris e beijou-a apaixonadamente.
E viveram felizes para sempre.
Afonso
Sara
Wang Fô era pequeno, tinha apenas seis anos. Todos os seus colegas gozavam com ele por ser mudo. Era por isso uma criança infeliz, porque não podia responder àquelas parvoíces dos seus colegas.
Até que um dia, Wang Fô foi ao centro mais famoso da China. Aí comprou pincéis, telas, tudo o que era preciso para expressar a sua raiva.
Quando chegou a casa não estava lá ninguém, arranjou tudo e ganhou coragem. Fez a primeira pincelada, com a cor mais escura que tinha, o preto. Mal o fez, sentiu um ar vindo de si, ficou esquisito e depois, para cobrir, desenhou uma criança a falar, a brincar, dentro de um maravilhoso mundo de letras. Nesse instante viu um vulto de luz que era muito forte, abriu a boca e essa mesma luz entrou no seu peito, fazendo sair a sua primeira palavra: “luz” – disse Wang Fô.
De repente, saiu de casa a correr e foi em direcção à escola, mostrou a sua linda voz a toda a gente, todos os seus colegas ficaram pasmados a olhar para ele e a partir desse momento todas as pessoas o admiraram.
Wang Fô desde esse dia passou a ser uma criança feliz, demonstrando que tudo é possível…
Sara
Era uma vez um avô que gostava muito dos seus netos e este, um dia, vendo a morte às portas, decidiu contar uma história, que ninguém sabia, mas tinha acontecido com ele há muitos anos atrás. Essa história tinha-se passado numas férias de campo.
E o avô começou assim:
“-Meus netinhos, vou contar-vos uma história, que se passou comigo e com a vossa avó, numas férias de campo, e nunca contei isto a ninguém, nem mesmo aos vossos pais.
Estava eu no campo, e nessa altura não existia electricidade, portanto para nos aquecermos, tínhamos que ir buscar lenha à floresta. Fui à floresta apanhar uns troncos que estavam no chão, e ao ir para casa enganei-me no caminho e fui parar a uma casa grande e como já estava a escurecer e os lobos começavam a aparecer, esfomeados, não esperei por muito e fui bater à porta para pedir auxílio. Quando cheguei ao portão enorme, comecei a hesitar, porque era uma grande casa que parecia crescer num jardim de rosas. Mas com o frio, o vento que se fazia bater na minha cara, e os lobos que tendiam em aproximar-se não hesitei e bati à porta. Apareceu-me um guarda, expliquei-lhe a minha situação, e foi logo explicar tudo ao dono que não aceitou, mas como a filha estava fora de casa e a noite começava, receoso que os lobos atacassem, disse para eu subir que eu podia lá ficar, dava-me comida, conforto e roupa se lhe fizesse o maior favor da sua vida, e começou por explicar a sua situação.
- A minha filha saiu cedo e ainda não voltou estou a ficar muito arreliado, não sei que hei-de fazer.
- Ao ouvir aquilo fiquei muito preocupado e tentei logo confortá-lo com as melhores palavras que conhecia, mas vendo que não conseguia, disse-lhe que o ia ajudar a procurar a sua filha, se me desse roupa para vestir, pois como estive a apanhar lenha, fiquei com a minha roupa rota, e como estava muito frio era capaz de vir a constipar-me.
Ele deu-me logo as melhores roupas que tinha.
E lá fui eu ao engano, pois não sabia onde a sua filha estaria, passei por muito frio, passei por uma alcateia feroz e esfomeada e passei pela floresta muito escura em que só a Lua conseguia chegar a certos sítios da floresta, pois não havia Eucaliptos grandes. Fui encontrá-la dentro de um Eucalipto velho, pois ele tinha um grande buraco no seu tronco.
Estava ela lavada em lágrimas, com frio e com saudades do conforto da sua casa. Disse quem era, ela entendeu, dei-lhe as minhas roupas e fomos outra vez para a grande casa. Ao chegar lá, não havia ninguém para abrir os grandes portões, trepámos a parede e caímos num mar de rosas. Em cada minuto que passava era como se sentisse um formigueiro dentro de mim, cada vez mais apaixonado por ela e ela por mim. Estando no jardim e pegando numa rosa vermelha, disse tudo o que sentia por ela, e ela pegando numa rosa branca disse também o que sentia por mim, demos um beijo e sentimos um grande calor. Fomos os dois para casa, felizes por regressarmos e por nos amarmos tanto, fomos logo contar ao seu pai. Seu pai ficou muito receoso por não me conhecer de lado nenhum hesitou, mas depois concedeu-me a mão dela por eu a ter encontrado e protegê-la do frio. Depois de nos casarmos e termos dois filhos, tivemos estes magníficos netos, e só de pensar que este amor começou por ir apanhar lenha…”
Ana Ferreira nº 3
Mafalda Silva nº 12
Numa região do Norte,
Há 15 anos atrás
Aconteceu uma coisa inimaginável
Que nos trouxe a paz.
A sua beleza vai aumentando sobre rodas
Vai ficando cada vez maior
É considerada um monumento
Porque não se vê mais nada em redor.
É uma terra conhecida
Do Norte ao Sul, por todo o país
Formou-se a partir de uma fonte
Que se encontra muito feliz.
Tem um monte e um vale
Um rio com caudal
É dos “pés à cabeça”
Totalmente natural.
Não tem um único animal
Nem tão pouco cresce uma hera,
E só por si, afinal,
É uma autêntica fera.
É moderna e muito especial
Para todos que a sabem apreciar,
Tem um jeitinho original
Que se tem que cuidar.
Este poema não tem fim
Pois a sua presença é imortal
Sendo tão acarinhada assim,
É difícil ser-se igual!
Cátia Periquito
Filipa Cameirinha
Wang-Fô era um pintor, por um lado desconhecido e por outro lado conhecido.
Desconhecido, pois não queria servir-se da pintura para ser alguém, mas sim pela sua personalidade e, conhecido, pois tudo o que pintava nos seus quadros se realizava.
Muita gente o procurava, mas Wang-Fô só realizava desejos e sonhos a pessoas que tivessem coração-puro.
Até que um dia ele não conseguiu satisfazer um sonho de uma menina, o sonho de ver os seus pais juntos e felizes.
Wang-Fô sentiu-se triste, mas não percebia o que lhe estava a acontecer, de um momento para o outro, os seus quadros eram meros quadros cujo desenho não se realizava.
Todos os dias Wang-Fô tentava, mas não conseguia. Sentia-se triste e desiludido por não conseguir realizar o sonho daquela menina, e todos os dias ao fim da tarde ia visitá-la.
Até que um dia tudo mudou. Wang-Fô adoeceu e não tinha já forças para lutar.
A menina sentia-se triste e todos os dias ia visitá-lo.
Uma semana depois tudo continuava igual, Wang-Fô fraco e triste olhava nos olhos da menina e via uma grande tristeza e pensava:
- “ Eu gostava tanto de ajudá-la, mas não consigo…”
A menina sentia um grande carinho por Wang-Fô e todos os dias lhe dava um beijinho e ia aos campos verdejantes apanhar flores para oferecer a Wang-Fô.
Wang-Fô, dia após dia, foi recuperando e passado uma semana lá estava ele a tentar acabar o quadro.
Nunca se percebeu porquê, mas ele conseguiu acabar o quadro, a mãe e o pai da menina foram felizes, todos juntos.
Wang-Fô, orgulhoso, decidiu continuar a concretizar sonhos, … mas … só a pessoas de coração-puro.
Todos o adoravam, pela sua personalidade e Wang-Fô atingiu assim os objectivos da sua vida.
Marta Oliveira, nº15
Queria ser pássaro
Ter belos olhos no ar,
Descobrir novos mundos,
O que irei encontrar?
Ter duas asas
Para conseguir voar
Ir no horizonte,
Sempre a planar.
Penas de ouro,
Asas de prata,
Bico de bronze
Mas, coração de lata…
Sara Ferreira, nº19
Se eu fosse o cupido,
transformava este mundo
o ódio que há, em amor...
e tirava partido
deste sentimento tão profundo.
Mudava a frieza para o calor...
Ana Ferreira, nº3
As palavras que eu escrevo,
São para me confessar
Nelas eu consigo expressar
Tudo o que sinto…
Com elas,
Eu sei que nunca minto!
Rodrigo Dionísio, nº18
Se eu fosse
uma onda do mar,
enrolava-me toda
ia até à beira mar
molhava os pés às pessoas
e voltava para trás...
Fátima Trilho, nº7
Seu eu fosse…
Se eu fosse a água,
Queria o mar…
Se eu fosse a lua,
Queria as estrelas…
Se eu fosse a maior estrela do céu,
Queria as mais pequenas…
Sendo só eu,
Quero-te a ti!
Mafalda Silva, nº12
Ulisses acabara de chegar ao país dos limões.
Era um país muito simpático e muito bonito para se visitar. Todos os habitantes eram amarelos e tinham uma personalidade muito amarga! Eram chamados os limoenses e a capital desse país era o Limoeiro.
Ulisses achava muito estranho o facto de os habitantes serem tão cruéis e antipáticos, tendo um país tão bonito!
Ele tinha ido lá para cumprir um pedido do filho Telémaco que precisava de 1000 limões para um dos seus jogos. Ulisses sabia que o Limoeiro era a capital que tinha as melhores fábricas de limões do mundo. Por isso, foi falar com Caroço, o presidente da cidade, para lhe pedir os tais 1000 limões, em troca de açúcar! Caroço rejeitou a proposta e ficou muito zangado com Ulisses por este lhe ter oferecido açúcar.
O nosso aventureiro foi para o “Amarguinho”, o famoso hotel daquela zona. Enquanto Ulisses dormia, Caroço, para se vingar da ofensa feita, ordenou aos seus melhores homens que pusessem muito sumo de limão no pequeno-almoço do seu rival.
Quando acordou, Ulisses foi tomar o pequeno-almoço e ficou muito desiludido com Caroço, porque ficou maldisposto com tanto limão!
Foi ter com Caroço e disse-lhe:
- Estou aqui com uma forte dor de barriga que nem imagina! E o senhor todo contente pelo facto de eu estar mal! Não sei como pode ser tão cruel!! Eu ofereço-lhe os melhores ácidos de Ítaca e o Caroço dá-me os 1000 limões?!! O que acha?
Caroço disse que não se importava com os outros, que só queria saber de si, mas aceitou esta proposta.
Ulisses foi para o “Amarguinho” buscar as sua malas e voltou a casa do Caroço.
Deu-lhe então os melhores ácidos da sua terra e Caroço deu-lhe os 1000 limões que este precisava.
Até hoje…Ulisses ainda se recorda dessa terra amarga e fria e aprendeu que as aparências iludem. Embora a terra parecesse bonita e sincera, os seus habitantes eram maus uns para outros e só se preocupavam com eles próprios!
Filipa Cameirinha, nº8
As palavras
São como dois rios,
Que quanto mais descem,
Mais levam saudade…
As palavras
São como uma montanha,
Que quanto mais elevada,
Mais querem subir…
Sónia Nunes, nº 20
Queria ser velho e feio como tu,
Não tens responsabilidade e deveres,
Vives a vida despreocupado e alegre.
Onde relembras os velhos tempos,
As tuas histórias e memórias.
Mas tens de aprender a ser como és,
Feio, velho e resmungão, curvado e solitário.
Encara a vida com um sorriso,
Pois a tua vida é a melhor,
Meu velho!
Rita Machado, nº 20
SER POETA é escrever, escrever…
Explicar o que se sente como ninguém
Rimar para ficar bem…
Por tudo o que escrevem,
O que sentem…
E o que inventam e o que revelam,
Tentam e consentem
A revelação da imaginação!!
Cátia Periquito nº6
O meu coração
Adormece
Vai pelo furacão,
Que escurece!
O meu coração,
Ao voar
Espalha a emoção
Que vive no ar.
O meu coração
Sempre a suspirar
Acorda a multidão
Que começa a se interrogar…
Mafalda Silva nº 12
Quando olho para o céu, sinto alegria! O céu faz-me reflectir sobre certas coisas da vida! Faz-me lembrar de coisas que gostava que acontecessem e de coisas que já aconteceram. Boas ou más, vêm sempre à memória!!
Sara Ferreira nº19
Não é poeta quem quer,
Mas sim quem tem sentimentos
Pois a poesia é como a mulher,
Também tem os seus momentos…
Rodrigo nº 18
Durante a viagem de Ulisses, a parte que eu mais gostei foi o encontro com Eumeu e depois com Telémaco, porque achei que foi um grande momento da sua vida! Regressar após vinte anos sem ver as pessoas que mais amava!
Ao chegar a Ítaca,
Encontrou Eumeu
Ficou muito contente
Com o que lhe aconteceu.
Encontrou Telémaco
Seu filho amado.,
Que não o reconheceu
Porque estava disfarçado.
Falou com Telémaco
E contou-lhe a sua história,
Que para sempre ficará,
Gravada na sua memória.
Telémaco acreditou,
Na história com os Feácios
E logo lhe contou,
O que se passava nos palácios.
Ulisses ficou triste,
Por ter estado ausente,
Ficou com um grande peso,
Na sua grande mente!
Voltou para o palácio
Onde não o reconheceram,
Pediu esmola,
Aos homens que o entristeceram.
A sua aia querida
Acabou por reconhecer
Ele não desmentiu
Era a sua maneira de ser!
Esta é a história,
Do herói das mil façanhas
Era um grande homem,
Com muitas habilidades e manhas!
Cátia Sofia Periquito nº 6
Saber ViVeR!
E ver o amanhecer
Recomeçar sempre um dia novo!
Olhar o mundo que roda,
Sempre com muita paixão,
E guardar a vida que se desenrola
Trazendo uma nova canção.
Fazer sempre da poesia vida…
POETA
Ana Ferreira, nº 3
Se o meu coração falasse,
Seria como um amigo
Por muito que suspirasse,
Andava sempre comigo…
Não tínhamos segredos
Nem nada escondíamos
Contava-lhe os meus medos
E nunca nos perdíamos.
E quando o meu coração falava
Escutava-o com atenção
E com ele partilhava
Toda a minha satisfação.
E este é o final
De um poema bem pensado
Mas o meu coração banal,
Tem de ser muito bem tratado!!
Filipa Cameirinha
Era uma vez um talentoso e jovem pintor cujas pinturas eram mágicas, ganhavam vida e tornavam-se realidade. Esse pintor chamava-se Wang-Fô e viveu no império da China.
Wang-Fô estava apaixonado, mas a mulher pela qual estava apaixonado era filha do imperador que estava fechada numa torre do palácio. Wang-Fô não conseguia falar com ela porque os guardas descobriam. Mas ele não conseguia viver sem falar com ela. Wang-Fô mandava pedras com cartas para a torre do palácio onde estava a sua amada de nome Cleo, mas com essas cartas havia o risco de serem apanhados pelo imperador, então tinham que arranjar uma maneira de comunicarem de forma mais segura.
Certo dia resolveu dar asas à sua imaginação e teve uma ideia maravilhosa! Desenhar letras que representavam sons, o alfabeto fonético. Desenhou 25 letras que só ele e Cleo sabiam ler e escrever. Todos os dias Wang-Fô mandava uma carta e numa dessas cartas Wang-Fô pediu a Cleo para fugir com ele e ela aceitou. Como o desejo de Wang-Fô se tornara realidade ele desenhou letras em forma de escada para Cleo fugir e um cavalo branco para irem para longe e viveram felizes para sempre. E foi com esta história de amor que se inventou a escrita fonética.
Afonso , 7º A
Numa terra do oriente chamada Unorb, existia um cavaleiro que pertencia ao exército do Imperador Huang. O cavaleiro chamava-se Alox. Era eu!
Eu tinha 23 anos, estava no máximo da minha força e juventude. Eu mesmo sendo muito jovem já era casado, visto que, naquela região, era tradição casar muito cedo. A minha mulher chamava-se Parroty.
Descendia de uma família de escravos, mas o meu pai queria ser livre e tinha ideias contrárias às do Imperador. O meu pai lutou muito pela sua liberdade e pela dos outros escravos e por isso foi várias vezes sujeito a tortura. Ele morreu na prisão quando eu tinha apenas 12 anos.
Durante o reinado do Imperador Huang, os escravos tinham muito pouca liberdade e não podiam dizer nem fazer nada contra o imperador, porque se o fizessem seriam mortos.
Eu, talvez por vontade de me vingar do que tinham feito ao meu pai, ou por não aceitar o que faziam aos escravos, criei um movimento de revolta contra o Imperador. Tive de fazer tudo em segredo devido à polícia do Imperador que perseguia todos os que diziam mal dele. Por várias vezes tentaram apanhar-me, mas sempre sem êxito. A minha organização chamava-se DEPO. Inicialmente os membros eram só escravos revoltados, depois vieram todas as pessoas revoltadas contra o Imperador Huang, visto que ele era muito cruel para todas elas. Rapidamente o número de membros disparou em flecha e tornou-se uma grande parte da população.
Certa noite invadimos o palácio real e matámos o Imperador e todos os guardas que o protegiam. Éramos cerca de 10000 contra o resto dos apoiantes do Imperador que eram cerca de 2050. Nós ganhámos e matámos todos os que estavam contra nós!
Depois da morte do Imperador Huang, tivemos que arranjar um novo Imperador. O resto da população escolheu-me a mim e assim fui coroado Imperador Alox. E, durante várias gerações, todos os meus descendentes e da Parroty governaram este reino.
Afonso, nº1, 7ºA
Ia Ulisses com os seus companheiros para um lugar sem destino, num dos seus grandes navios, quando reparou que se aproximava um grande temporal.
Todos tentaram tudo por tudo encontrar um lugar onde se abrigarem, mas estavam no mar alto. A única coisa que viam era mar.
A tempestade chegou, e Ulisses gritou:
- “Icem as velas, senão serão destruídas!”
A tempestade amainou e acabaram, cansados, por adormecer.
De manhã, ao acordarem, nem queriam acreditar! Estavam a boiar em pleno mar. Por sorte, avistaram terra e com todas as suas forças nadaram até lá.
Ficaram estupefactos, ao olharem em seu redor, pois tudo o que viam era tão belo e transmitia uma paz de espírito muito intensa.
Tudo era belo, desde as árvores carregadas de fruta até às cascatas de água límpida e brilhante.
Ulisses pensava:
“ - Depois de tanta luta, esforço e mortes, finalmente Deus deu-nos uma bonança.”
Ficaram lá cerca de quinze dias, e decidiram conhecer outros sítios.
Durante a viagem, uma vez mais, para um sítio sem destino, o navio começou a tremer e aos poucos e poucos, enchia-se de água devido às ondas.
Ulisses mandou abandonar o barco. Ninguém o ouviu e todos os marinheiros ficaram dentro do barco.
Quando reparam, estava à frente deles, um monstro enorme, com cerca de dez olhos e cinco pernas. Apavorados, pediram a Ulisses que tentasse comunicar com o monstro, já que este era o mais corajoso. Ulisses perguntou-lhe:
“- Quem és tu, que nos queres?”
Ao qual, o monstro respondeu:
“- Eu sou o dono da ilha, onde estiveram hospedados, comeram, beberam e usufruíram de tudo o que eu, sozinho, construí!”
“- Nós não sabíamos, deixa esse coração de pedra e verás que serás uma pessoa muito mais feliz.”
O monstro não pensou duas vezes e partiu o barco em pedaços.
Ulisses agarrou na sua espada e cortou-lhe uma perna.
O monstro pediu ajuda e, arrependido por lhe ter feito mal, Ulisses ajudou-o. Em troca, ele teria de os acolher com hospitalidade e deixar de ter um coração de pedra.
O monstro aceitou e ficaram lá praticamente um mês.
No final, Ulisses agradeceu e disse ao monstro:
“- Acolheste-nos o melhor que podias, nunca nos iremos esquecer disso, mas a nossa vida e a nossa paixão é descobrir novas terras. Obrigada amigo, até sempre!”
Assim, Ulisses e os seus companheiros foram à procura de novas aventuras, novos desafios, agora mais que sempre com muita força e coragem.
Era o sétimo dia do mês de Agosto, um dia que mudou para sempre a nossa vida.
Eu e a Maria vimos no jornal a seguinte notícia:
“Algures, no deserto, paira um tesouro valiosíssimo, a única indicação que temos é que, perto do deserto do Sara existe uma gruta suspeita”.
Não pensámos duas vezes e decidimos ir em busca desse tesouro escondido.
Fomos directamente a uma agência de viagens e reservámos dois bilhetes e dois quartos num hotel.
No próprio dia partimos para África!!! Foi tudo tão rápido que, quando demos por nós, estávamos já a sobrevoar o mar Mediterrâneo.
Chegámos lá e ficámos admiradas, pois tudo era muito estranho e diferente.
Procurámos o hotel, pois tínhamos de descansar. O dia seguinte era decisivo e de grandes descobertas.
Logo de manhã, bem cedo, fomos a uma biblioteca antiga, para procurar informações sobre o passado do deserto. Percebemos de imediato que seria muito complicado encontrar o tesouro, já que havia muitas grutas.
A conduzir um jipe, fomos inspeccionar, uma a uma, as grutas que estavam indicadas nos livros e mapas que nos pareciam interessantes. Ao fim de algum tempo, como já estávamos cansadas e cheias de sede, resolvemos parar e beber uma limonada.
Enquanto bebíamos a limonada, vimos passar dois rapazes.
Achámos muito estranho o facto de os rapazes estarem cada um com um mapa na mão. E resolvemos perguntar-lhes do que eles estavam à procura, provavelmente estariam perdidos, pensámos. Qual não foi o nosso espanto, quando eles nos disseram que estavam à procura do mesmo tesouro que nós!
Ficámos a conversar com eles e descobrimos que eram cavaleiros, e decidimos ir à procura do tesouro todos juntos.
Avistámos ao longe uma gruta muito brilhante. Mas antes estava um vale com muitos lobos e cobras. Resolvemos continuar e passar pelo tal vale.
O vale era escuro e sombrio, nem os pássaros se ouviam. Com medo, continuámos em frente até que, pouco depois vimos uma cobra.
Ela fez um barulho estranho e apareceram muitas mais.
Um dos cavaleiros, o Renato, sem medo, enfrentou as cobras e afastou-as uma a uma. Lobos se ao havia, não os encontrámos.
Ainda hoje não sabemos como é que o Renato afastou as cobras.
Entrámos na gruta e encontrámos o tesouro guardado dentro de uma grande e pesada arca.
Seguidamente, abrimo-la e o brilho que saía da caixa era tal, que iluminava toda a gruta.
Quando agarrámos na arca para a trazermos para fora, a gruta começou a tremer como se se estivesse a desmoronar.
Corremos em direcção à saída e conseguimos escapar.
Decidimos não dizer nada a ninguém acerca da existência do tesouro em nossa posse e vivemos felizes numa cidade perto do deserto, cada uma com um cavaleiro.
Mas não foi por isso que deixámos de partir à aventura, antes pelo contrário, com os quatro juntos era muito mais divertido!
Marta Oliveira nº15 7ºA
Maria Câncio nº14 7ºA
Este meu livro virtual está a crescer...
Hoje nasce mais uma página que pretende tornar-se mais uma motivação para a escrita de textos criativos.
Espero que a criação desta página seja um projecto que vós, meus alunos, se encarreguem de fazer crescer com toda a dignidade!
Aproveito para desejar a todos umas boas férias.
Simple Plan
How Could This Happen To Me
by Unknown
I open my eyes
I try to see but i’m blinded by the white light.
I can’t remember how
I can’t remember why
I’m lying here tonight
And i can’t stand the pain
And i can’t make it go away
No i can’t stand the pain
Chorus
How could this happen to me
I’ve made my mistakes
Got nowhere to run
The night goes on as i’m fading away
I'm sick of this life
I just want to scream
How could this happen to me
Everybody’s screaming
I try to make a sound but no one hears me
I’m slipping off the edge
I’m hanging by a thread
I want to start this over again
So i try to hold
On to a time when
Nothing mattered
And i can’t explain
What happened and i can’t erase the things that i’ve done
No i can’t
Chorus
How could this happen to me
I’ve made my mistakes
Got nowhere to run
The night goes on as i’m fading away
I’m sick of this life
I just want to scream
How could this happen to me
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